sexta-feira, 2 de abril de 2010

MOURÕES LANÇAM CONCURSO HISTÓRICO-LITERÁRIO MERCADO PÚBLICO FRANCISCO MOUR


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A família Mourão está lançando hoje, agora, em âmbito municipal, estadual e nacional, o “Concurso Histórico-Literário Mercado Público Francisco da Silva Mourão” (Chico Mourão), com a principal finalidade de constituir a história daquele único centro comercial com pareceres e elementos a partir da sua inauguração, até os dias de hoje, e com isso provar que ele é edificação que constitui o já pequeno e combalido Patrimônio Histórico do Ipu.

Desse concurso podem participar historiadores, memorialistas, professores, estudantes, acadêmicos da AILCA, afiliados da AFAI e público em geral de qualquer município ou estado da federação, que souberem ou possuírem arquivos históricos de seus familiares antepassados, ipuenses ou não.


REGULAMENTO DO CONCURSO ♥


CONCURSO HISTÓRICO-LITERÁRIO
“MERCADO PÚBLICO DE IPU - FRANCISCO DA SILVA MOURÃO
(CHICO MOURÃO) “

PÚBLICO-ALVO: estudantes, professores, historiadores, acadêmicos, afaienses e público em geral de todo o país, IPUENSE OU NÃO.

PREMIAÇÃO: 1° lugar: R$ 1.000,00 em espécie. Livros. Certificado. 2° lugar: R$ 200,00 em espécie. Livros. Certificado. 3° lugar: R$ 100,00 em livros. Certificado. TODO PARTICIPANTE, VENCEDOR OU NÃO, RECEBERÁ UM LIVRO DO JPMOURÃO ”IPU – DOS JORNAIS PARA O LIVRO”.

PROPOSTA DE REDAÇÃO: faça um relato sobre o mercado público de Ipu Chico Mourão, contendo o maior número de informações sobre o mesmo, escrevendo, no mínimo 15 linhas, manuscritas ou digitadas. Escreva em qualquer folha A4 ou em folha disponível na Livraria Companhia do Livro e entregue o relato na mesma livraria, na Rua Padre Mororó, 356, em frente à casa lotérica.

CRITÉRIOS PARA CORREÇÃO E PARTICIPAÇÃO:
a) Os critérios de correção das redações obedecerão aos seguintes moldes: 1. Cada (ideia) informação não repetida no texto sobre o mercado Chico Mourão valerá 10 pontos. 2. Para cada erro de escrita, gramática ou texto serão descontados 4 pontos.
b) Preencher ficha de inscrição no ato da entrega do relato até o dia 24 de abril 2010, às 12 horas, na Livraria Companhia do Livro ou pelo correio para Caixa Postal, 55 – Ipu, Ceará – CEP: 62.250-000, enviando seus dados pessoais com endereço e telefone.
c) Não cabe recurso da decisão da comissão. Os casos omissos serão decididos por representantes da Família de Chico Mourão.

DA DIVULGAÇÃO E DA ENTREGA DOS PRÊMIOS: A divulgação, a entrega dos prêmios e a entrega dos certificados serão divulgadas no site da AFAI, no Blog da AILCA, do jpMourão, do Airton Soares e na Livraria Companhia do Livro, até o dia 29 de maio de 2010, às 12h.


QUE O PROGRESSO DO IPU DE HOJE PRESERVE O IPÚ DE ONTEM

Fonte: blog do jPMourão

domingo, 14 de março de 2010

Ceia Literária e UBT presentes nos 88 anos de Fernando Câncio

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UM TIPO INESQUECÍVEL
Homenagem ao escritor Fernando Câncio
(por Carlos Roberto Vazconcelos)

Em nossas vidinhas tão efêmeras, conhecemos muitas pessoas. De todas as marcas, feitios e naturezas.

Lembro que as velhas e boas revistas Seleções traziam uma interessante coluna intitulada Meu Tipo Inesquecível. Eram testemunhos de vida, retratos de homens e mulheres que não passaram despercebidos por este mundo.

Luciano Jucá, da Ceia Literária e Fernando Câncio. 14/03/2010.

Eu também conheci um tipo inesquecível. Estava iniciando o curso de Letras, quando tomei conhecimento da existência de um grupo de escritores chamado Ceia Literária. Era tudo o que eu queria. Muito jovem, e vindo do interior, andava à procura do meu nicho, de um reduto de pessoas com quem pudesse compartilhar minhas afinidades literárias. O convite chegou em sala de aula, através do professor Valdemir Mourão, fundador do grupo, à época titular da cadeira de Lingüística na UECE.

Fernando Câncio (fundo da imagem) Gutemberg Liberato, presidente da UBT e Carlos Roberto Vazconcelos, da Ceia Literária. Fortaleza -14/03/2010.

Passei a frequentar as reuniões da Ceia Literária com assiduidade. Identifiquei-me de pronto com todos os membros do grupo, pessoas inteligentes, sensíveis e solidárias.

Um dos membros da Ceia Literária, em especial, muito me chamou a atenção, pela originalidade, espirituosidade e carisma: Fernando Câncio de Araújo, o velho mais jovial que conheci. Ainda hoje, do auge dos seus oitenta e sete anos, se o assunto é idade, responde sem hesitação:
O que importam meus cabelos brancos,
se minha alma ainda faz pipi na cama?

Imediatamente lembro outro poeta querido, Mário Quintana:
Embora idade e senso eu aparente,
Não vos iluda o velho que aqui vai:
Eu quero meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai...
Que envelheceu um dia, de repente!

Marina Fernandes, da Ceia Literária (organizadora do evento. Fortaleza, 14/03/2010

Antonio Carlos Villaça, no seu livro Os Saltimbancos da Porciúncula, assim descreve Quintana: Um velhote buliçoso, que não tinha pose, nenhuma afetação. Era todo leveza, espontaneidade, fluidez. Fernando Câncio também é assim.

Certa vez, saíamos de uma reunião da Ceia Literária, num edifício da rua Liberato Barroso. O elevador, lotado, o Fernando, gordo. Todos esquivos para não pisar um pé alheio e empenhados em manter a devida distância do patrimônio do outro. O poeta observou que alguém entrara por último, quase espremido pela porta. Lá embaixo, quando a bendita porta se abriu e acabou-se o sufoco, Fernando não se conteve e desferiu para riso geral:
O elevador é um dos poucos lugares onde se faz valer aquela lei de Deus: “Os últimos serão os primeiros.”

CEIA LITERÁRIA. 14/03/2010. Luciano Jucá e o prof. Felipe Filho não aparecem nesta foto. Chegaram depois...

Fernando cursou as “primeiras e únicas letras” (como faz questão de esclarecer), no Grupo Escolar da Fênix Caixeral. Na verdade, cursou até o 4° ano primário, mas considera-se autodidata. Aprendeu a ler e nunca mais quis se separar dos livros. Leu os grandes clássicos cearenses, brasileiros e estrangeiros. Escreveu inúmeros livros, alguns com títulos intencionalmente esdrúxulos e quilométricos (que nada têm a ver com o conteúdo), apenas para roubar a atenção do leitor: Os Sapos do Castelo de Montserrat ou As Aventuras de um Lagostim Daltônico. Foi durante muito tempo o gerente do Cine Art. Sucedeu-se por dezoito anos no cargo de presidente da UBT (União Brasileira de Trovadores) e se dependesse dos sócios permaneceria por mais dezoito. Marcou história no comando dessa agremiação. De todos os gêneros, o que mais lhe dá satisfação é a Trova, sendo ele um dos melhores destas terras, na arte dos quatro versos. Querem ver?

Saudades, marcas doridas
de um momento que passou
bandeirinhas coloridas
que o tempo nunca rasgou
ou
Era um poeta de mão cheia,
Hippie, cabelos revoltos...
Só poetava na cadeia,
Detestava versos soltos

Marina Fernandes e Fernando Câncio. 14/03/2010.

Fernando Câncio é também um exímio recitador. Uma vez no palco, contagia a platéia com o carisma e a desenvoltura de um mestre. Certo dia, comprovando a tese de que a criatura pode tornar-se independente do criador, criou Hortência, a amiguinha de infância transformada na mulher sonhada... Boquinha de forno...! Forno! Jacarandá! E Hortência virava lágrimas... de uma saudade perdida? de uma lembrança imaginada? É que o universo paralelo do artista é muito mais vasto do que a própria realidade.

Confessou-me um dia que nunca mais recitaria Hortência. A personagem havia crescido dentro dele, estava se exteriorizando, tomando conta de seu coração, fazendo-o chorar em público. Hortência passou a existir, definitivamente. Não mais nas páginas amareladas do livro, mas na lucidez de sua memória, como ser concreto, parte de seu passado, mulher de carne e osso.

Airton Soares da Ceia Literária e Fernando Câncio (Fortaleza, 14/03/2010)

Fernando Câncio é uma dessas raras pessoas a quem temos orgulho de conhecer. Sua grandeza está na simplicidade. Por isso, para falar sobre ele temos que usar palavras simples, despojadas de vaidade, mas carregadas de valor.

Algumas vezes fui visitá-lo, na rua Floriano Peixoto. Usufruí momentos de gratificante conversa. Dona Zilnah, sua falecida esposa, nos recebia sempre muito solícita. Uma tarde, saí rumo àquela rua. Não para visitar o Fernando, que o horário não era propício, mas apenas para levar-lhe umas guloseimas. A casa estava silenciosa e tristonha. Bati.

Ednardo Gadelha, da Ceia Literária e Fernando Câncio. 14/03/2010.

A secretária veio atender pelo muro do jardim. Contou-me que dona Zilnah já não estava mais entre nós. Senti o golpe. Desagradável surpresa. Eu estava a caminho de uma livraria, localizado na Aldeota. Dentro do carro, larguei-me a refletir sobre o mistério doloroso da morte e os sentimentos a que ela nos remete. Garimpando os livros, saltou-me aos olhos o Meu Nome é Saudade, de Fernando Câncio, que é dedicado justamente à Dona Zilnah. Quanta coincidência! Não poderia deixar de adquiri-lo, em sua 1ª edição, de 1979, com autógrafo do autor. Este mesmo que está repousando aqui ao meu lado.

Carlos Vazconcelos, da Ceia Literária e Fernando Câncio. 14/03/2010.

Para quem não sabe, Fernando Câncio também é pintor. Na parede do meu apartamento, tenho um óleo sobre tela, que ele fez especialmente para a capa da coletânea Ceia Maior, em comemoração aos dezoito anos do grupo Ceia Literária.

Fernando Câncio, você mora na minha estante, na minha parede e principalmente na minha memória. E não paga aluguel.

sábado, 13 de março de 2010

Noite de tédio... comprida... MÁRIO PEIXOTO

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Noite de tédio... comprida...

tão sem graça e tão vazia,

que eu bebo qualquer bebida

e aceito qualquer maria...

MÁRIO PEIXOTO

Fonte: O Pau D'Arco - ano XXVII - nº 150 - Março - Abril - 2010 - Diretor: Fernando Câncio.


  • E fulano, como esta? Ê..ê quem te viu quem te vê... ele está vomitando o tédio do sucesso... AS

  • "O segredo para não ter tédio, pelo menos para mim, é ter ideias"
Delacroix, Eugène

  • "O remédio para o tédio é a curiosidade...e não existe remédio para a curiosidade!" Li por Aí (visite)

  • "O homem é um pêndulo que oscila entre o tédio e desespero"
Schopenhauer

DESEJO- TÉDIO - notas de leitura do "AS"

Nietzsche biografia de uma tragédia - Rüdiger Safransky, P. 16 / O ser humano, explica Nietzsche, é uma criatura que saltou sobre os limites animalescos da época do cio e por isso não procura prazer apenas eventualmente, mas o tempo todo. Porém, como há menos fontes de prazer do que pede sua constante predisposição ao prazer, a natureza o forçou a enveredar na trilha da invenção-do-prazer: o animal consciente homem, com horizonte de passado e futuro, raramente se satisfaz de todo com o seu presente, e por isso sente algo que certamente nenhum animal conhece, isto é, o tédio. Fugindo do tédio, essa singular criatura procura uma excitação que, se não for encontrada, tem de ser inventada. O homem se torna animal que brinca. O jogo é uma invenção que entretém os afetos. O jogo é a arte de auto-excitação dos afetos, a música por exemplo. A fórmula antropológica-fisiológica para o segredo da arte é pois: A FUGA DO TÉDIO É A MÃE DAS ARTES(8,432) (...) Nessa perspectiva a arte é um tensionar o arco para não criar uma distensão niilista. A arte ajuda a viver porque senão a vida não sabe o que fazer quando assaltada por sentimentos de ausência de sentido.

Fonte: Biografia de uma tragédia, Nietzsche, p. 16


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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Vana Fraga comenta minha trova: a do saco plástico

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Recebi e Agradeço de Vana Fraga, A pequena Poetisa - estatura! - como costuma ela mesma dizer, o comentário poético abaixo. Visite seu blog e saiba porque Vana leva uma vida maravilinda.... Além do Horizonte...Esprema AQUI.

Minha foto

Vana Fraga (foto) disse:


Se Não Cuidarmos
Da Natureza,
Como Deve Ser;
Pra Se Defender,
Ela Acabará Com Todo Ser,
"Humano"???
Pense Bem Se For Amém!!!


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Fernando Câncio

Tela em oléo de Juarez Leitão
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O esplendor desta cidade,
com o seu mundo de atrações,
não mata em mim a saudade
da beleza dos sertões.

No sertão do meu agreste
Se chove, quanta alegria!
Tudo de verde se veste
Numa explosão de energia.

Fernando Câncio Araujo




domingo, 24 de janeiro de 2010

Trova - Se vai às compras ou a passeio /Airton Soares

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Se vai às compras ou a passeio,
saco de plástico evitar.
A terra, de saco cheio,
já deu o que tinha que dar.
AS

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

DIRETORIA

2007- 2008 - Gutemberg

2005 - 2006 - Gutemberg

2003 - 2004 - Gutemberg

2001 - 2002 -

DIRETORIA

UNIÃO BRASILEIRA DE TROVADORES
Secção Fortaleza - Ceará

PRESIDENTE:
Gutemberg Liberato de Andrade

VICE PRESIDENTE:

de Administração:
Francisco José Moreira Lopes

de Finanças:
Zenaide Braga Marçal

de Cultura:
Francisco Pessoa de Andrade Reis

de Relações Públicas:
Antônio Vicente Alencar

SECRETARIA:
Rejane Costa Barros
Maria Augusta Ramos Ferreira (SUPLENTE)

(1) SUPLENTE DE VICE PRESIDENTE:
João de Deus Pereira da Silva

(2) SUPLENTE DE VICE PRESIDENTE:
Vital Arruda de Figueiredo

CONSELHO FISCAL (Efetivos):
Juarez Fernandes Leitão
Francinete Azevedo Ferreira
José Deusdedit Rocha

SUPLENTES DO CONSELHO:
Maria Argentina Austregésilo de Andrade
Aloísio Matias de Paula
José Pereira de Albuquerque

Guabirus do ERÁRIO

Eu já ouvi no passado,
e quem disse tinha razão.
"Roubas pouco que será ladrão.
Roubas muito que será barão.

"Enquanto o pobre se dana,
ganhando apenas merrecas.
A classe politiqueira,traz grana
até nas cuecas.

Dalinha Catunda

- - - - -

Aos guabirus do ERÁRIO...

a lei, dá absolvição;

mas, não dá, ao proletário,

que apenas, roubou um pão...


Pedro Grilo – RN

Via: meya palavra, 117 – Coordenação: Deusdedit Rocha.
UBT –Ce

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

EVENTO - ÍNDICE

A UBT EM MAIS UM BANQUETE Rejane Costa Barros

A UBT EM MAIS UM BANQUETE

Por Rejane Costa Barros (foto)

O belo e a beleza têm sido objeto de estudo ao longo de toda a história da filosofia. A estética enquanto disciplina filosófica surgiu na Antiga Grécia, como uma reflexão sobre as manifestações do belo natural e o belo artístico.


O aparecimento desta reflexão sistemática é inseparável da vida cultural das cidades gregas, onde era atribuída uma enorme importância aos espaços públicos. Ao livre debate de idéias e aos poetas, arquitetos, dramaturgos, e escultores era conferido um grande reconhecimento social. Platão foi o primeiro a formular explicitamente a pergunta sobre a referência do belo e a dar sua resposta em um tom de coerência e poética. O que é o belo? O belo é identificado com o bem, com a verdade e a perfeição.
A beleza, sabemos, existe em si, separada do mundo sensível. Uma coisa é mais ou menos bela conforme a sua participação na idéia extrema de beleza. Santo Agostinho concebeu a beleza como todo harmonioso, isto é, com unidade, número, igualdade, proporção e ordem. A partir da beleza das coisas podemos chegar à beleza Suprema.
Ao longo do século XIX a arte atravessa profundas mudanças. O academismo é posto em causa; artistas como Coubert, Monet, Manet, Cézanne ou Van Gogh abrem uma ruptura com as suas normas e convenções, preparando desta maneira o terreno para a emergência da arte moderna.
Surgem então múltiplas correntes estéticas e entre as mais atuantes estão a romântica e a realista. No domínio teórico aparecem inúmeras teorias que defendem novos critérios para apreciação da arte.
A língua portuguesa nasceu cantando trovas, isso há mais de mil anos, na voz dos jograis e menestréis, que iam de cidade em cidade espalhando os seus versos. Cultivava-se a trova inicialmente no sul da França, de lá espalhando por toda a Europa, até encontrar na Espanha e, finalmente em Portugal, o seu mais fértil canteiro. Nas Cortes portuguesas a trova começava a alcançar grande esplendor. Era a poesia dos reis, como o célebre Dom Dinis.
Ao Brasil a trova chegou nas caravelas de Cabral. Facilmente, aclimatou-se, caiu no gosto do povo e até hoje perdura, ganhando a cada dia, novos adeptos.
Essa arte que encanta, e deixa um cheiro de magia espalhado por onde passa, vicia de maneira prazerosa e constante. Quem dessa água bebe, quer estar sempre sedento para mais dela beber. A TROVA é, hoje, o único gênero literário exclusivo da língua portuguesa! Muita gente confunde o trovador clássico com cantadores de viola ou poetas repentistas.
Ao falar tanto em beleza unimos nossa voz a outras e celebramos a nossa UBT. Em 11 de novembro de 1969 Santiago Vasques Filho e mais vinte e dois poetas, reuniram-se na Casa de Juvenal Galeno e oficialmente criam a UNIÃO BRASILEIRA DE TROVADORES secção de Fortaleza-CE.


No ano de 1959, o dentista carioca Gilson de Castro cujo pseudônimo adotado é Luiz Otávio e J.G. de Araújo Jorge, com o apoio do jornal carioca “O Globo” lançaram os primeiros Jogos Florais de Nova Friburgo, ponto de partida para a consolidação do movimento literário mais amplo e bem organizado de que se tem notícia da literatura brasileira.
Os Jogos Florais foram muito populares na Idade Média. Era um torneio cultural promovido anualmente em Toulose, na França, inspirado em tradições originárias da Roma Antiga.
Por se realizar na primavera, esse torneio, que envolvia várias modalidades literárias, oferecia prêmios (troféus) em forma de flores, daí o nome “Jogos Florais”. Nos primeiros Jogos Florais de Nova Friburgo com festa de premiação realizada em maio de 1960 reuniram-se na bela cidade, vários intelectuais além dos vencedores do concurso.
Daí em diante, dezenas de outras cidades passaram a promover também o referido concurso.
Por ser um movimento literário que se caracteriza pela fraternidade, tal costume é aceito tranqüilamente. Ainda em 1960, depois de participar de um Congresso do GBT - Grêmio Brasileiro de Trovadores, em Salvador, Luiz Otávio implantou uma série de seções desta entidade no sul do Brasil.
Posteriormente, em reconhecimento pelo seu trabalho em favor da cultura, a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, através de decreto-lei, oficializou 18 de julho, dia do nascimento de Luiz Otávio, como DIA DO TROVADOR. Luiz é também Príncipe dos Trovadores Brasileiros, Magnífico Trovador e Presidente Perpétuo da União Brasileira de Trovadores, além de responsável pelo sucesso alcançado pela trova e pelos trovadores.
A União Brasileira de Trovadores tem secções e delegacias em todo o País, congregando milhares de trovadores. A trova moderna a qual também chamamos de filosófica, define-se como um poema composto de quatro versos de sete sons (setissílabos), rimando o primeiro verso com o terceiro e o segundo verso com o quarto.
Assemelha-se ao haicai, pela síntese, porém é mais acessível ao público em geral, pela musicalidade que produz e pela simplicidade que traduz.

O trovador pernambucano Adelmar Tavares a resumiu assim:
“Oh linda trova perfeita,
Que nos dá tanto prazer...
Tão fácil depois de feita
Tão difícil de fazer!”

A trova é classificada em três grupos principais: filosóficas, líricas e humorísticas. Cada gênero tem sua particularidade e cada trova concebida tem valor e um encantamento diferentes.
Trovas Líricas: Falam dos sentimentos, amor, saudade, paixão.
Trovas Filosóficas: Contêm ensinamentos, máximas, pensamentos.
Trovas Humorísticas: Como o próprio nome diz, são trovas que se propõem a fazer rir.

O símbolo da UBT que é uma Rosa, muito simboliza a beleza em nossa entidade. Por ocasião dos Jogos Florais é escolhida a Musa dos Trovadores e o critério é escolher uma moça que tenha pendores literários, especialmente para a trova e que se faça presente aos eventos da entidade e possa representá-la em outros eventos. De 1993 até os dias atuais sou detentora do título e espero poder passá-lo para outra que possa usá-lo levando adiante esse amor pela trova e o respeito aos irmãos trovadores, apaixonados eternos que são por essa arte que encanta e seduz. É também escolhida a Rosinha da UBT, uma menina que possua inclinação literária e que possa também se encantar pela trova e seja capaz de produzir bons versos. Bárbara Mayã de Alencar, a nossa Rosinha, tem se mostrado fiel seguidora deste movimento lítero-poético e produzido com tão pouca idade, trovas que nos emocionam.

Tudo isso faz com que cada vez mais a maioria dos trovadores participem com muito entusiasmo e que ao longo do tempo continuem fertilizando esse solo com suas trovas.

Estamos no ano de 2008 e esse ano a UNIÃO BRASILEIRA DE TROVADORES secção de Fortaleza-CE completa 39 anos e estamos hoje a reverenciá-la mais uma vez, mostrando o quanto é satisfatório fazer parte dessa família, de participar dessa união, e quando aqui estamos, falamos a mesma língua. Mesmo quem não consegue fazer trova, se irmana e se contagia, vem aqui pelo simples prazer de vir e participar dessa reunião.

Durante vinte anos tivemos um grande condutor, Fernando Câncio Araújo, que não media esforços para decantar sua grande musa e amada Trova, nos conduzindo com os fios apaixonados da emoção e com a sabedoria de encantar com seu carisma. Fernando se doou de corpo, alma e coração por todos esses anos e ainda hoje vem se dedicando a UBT devotando muito carinho e amor ao confeccionar o jornal Pau D’Arco e colocar notícias dos feitos dos trovadores e da entidade. A cada dia temos a certeza dessa generosidade que ele repassou em nome de causa tão nobre que é a divulgação plena da nossa grande dama: a Trova.
Hoje, temos outro comandante, Gutemberg Liberato de Andrade, homem de conduta séria e coração generoso, que também não mede esforços para ver a nossa UBT brilhar cada vez mais. Ele que tem ao seu lado a doçura de sua primeira dama, Argentina Austregésilo de Andrade, que nos empresta esse sorriso franco e aberto, nos mostrando suas convicções e nos passando lições de fortaleza e de amor pela vida e ao próximo. Gutemberg em suas duas gestões fez muita coisa para dinamizar a UBT, escrevendo um dos livros mais perfeitos em termos de Documentário e fonte de pesquisa de uma entidade literária. O livro DOCUMENTOS tão bem escrito por ele merece de nós, todo o reconhecimento. Também criou o Estandarte da UBT e tem dado provas que sua mente é fértil e sua dedicação é primorosa no trato com esta que tem sido sua doce segunda família.

Voltando a falar em Luiz Otávio, ressaltamos aqui que além de grande trovador, campeão de centenas de Concursos de Trovas e Jogos Florais, realizados em várias cidades do país, ele era um exímio compositor, sendo dele a autoria do Hino dos Trovadores (com o qual encerramos nossas reuniões), Hino dos Jogos Florais, das Musas dos Florais e de várias outras obras musicais. A musicalidade que o Hino dos Trovadores produz é contagiante e de fácil aprendizado. Merece que seja ouvido e aqui não como música, mas como o poema lindo que foi concebido por seu autor:

“Nós os trovadores,
Somos senhores de sonhos mil
Somos donos do universo
Através de nosso verso!
E as nossas trovas,
São bem as provas desse poder
Elas têm o dom fecundo
De agradar a todo mundo!


Também somos felizes por termos por Patrono, São Francisco. Esse religioso italiano fundador da Ordem dos Franciscanos, cuja festividade é celebrada no dia 04 de outubro do calendário eclesiástico.
Nasceu Francisco em 26 de setembro de 1182, na cidade italiana de Assis, filho do próspero comerciante Pedro Bernardone e da piedosa Pica Bourlemont. Faleceu, em odores de santidade, na tarde de 03 de outubro de 1226. Dois anos depois, 16 de julho de 1228, foi solenemente elevado às honras dos altares pelo papa Gregório IX, sendo venerado como São Francisco de Assis por todo orbe cristão.

Foi poeta e trovador durante a vida inteira. Com sublime inspiração, soube contemplar toda harmonia radiante do universo. Os motivos da mocidade deram lugar aos motivos celestiais para que se tornasse o maior “trovador de Deus” que a história dos homens conheceu.
A UBT, União Brasileira de Trovadores, adotou São Francisco de Assis como legítimo Patrono dos Trovadores. A seu exemplo, vivemos, todos, unidos numa real confraria, onde reina o vigor da caridade, que consiste na compreensão exemplar, no respeito mútuo e no incentivo constante, permitindo que a inspiração trovadoresca seja sempre realidade viva na mais dinâmica escola literária de todos os tempos.
A Oração do Trovador é o Poema que freqüentemente é atribuído a São Francisco de Assis. Parece que data do início do século passado e sua autoria não se sabe ao certo ser do Santo. Encontrou-se na Normandia em 1915, escrita sobre o contrário de um cartão sagrado de São Francisco.


Desejamos, portanto que a nossa UBT possa continuar congregando ainda muito mais adeptos simpatizantes da trova, descobrindo outros muitos trovadores e que tenha como fundamento, difundir a trova e continuar pregando a União. Mais um ano de aniversário que completará em 11 de novembro e mais um ano celebrando o Dia do Trovador em 18 de julho.
Que a Oração de São Francisco, nosso Patrono nos sirva sempre de exemplo. E para encerrar esta homenagem ao Dia do Trovador peço licença a vocês, irmãos trovadores para ler esse poema que nos serve de lema.


Senhor,
Fazei-me um instrumento de Vossa paz!
Onde houver ódio, que eu leve o amor!
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão!
Onde houver discórdia, que eu leve a união!
Onde houver dúvida, que eu leve a fé!
Onde houver erro, que eu leve a verdade!
Onde houver desespero, que eu leve a esperança!
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria!
Onde houver trevas, que eu leve a luz!

Ó Mestre!
Fazei que eu procure mais,
Consolar, que ser consolado,
Compreender, que ser compreendido,
Amar, que ser amado!

Pois é dando, que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna!



Muito obrigada!!!!!!!!!!

Rejane Costa Barros

Fortaleza, 05 de julho de 2008.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Reunião - agosto 2008 (9)


Reunião - agosto 2008 (8)


legenda

Reunião - agosto 2008 (7)


Legenda

Reunião - agosto 2008 (6)


legenda

Reunião - agosto 2008 (5)


Oração de São Francisco

Senhor!
Fazei-me um instrumento de Vossa Paz!
Onde houver ódio, que eu leve o amor!
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão!
Onde houver discórdia, que eu leve a união!
Onde houver dúvida que eu leve a fé!
Onde houver erro, que eu leve a verdade!
Onde houver desespero, que eu leve a esperança!
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria!
Onde houver trevas, que eu leve a luz!

Ó Mestre!
Fazei que eu procure mais,
Consolar, que ser consolado,
Compreender, que ser compreendido,
Amar, que ser amado!

Pois é dando, que se recebe,
É perdoando que se é perdoado
E é morrendo, que se vive para a vida eterna!

Reunião - agosto 2008 (4)


Legenda

Reunião - agosto 2008 (3)


Legenda

Reunião - agosto 2008 (2)


Legenda


Reunião - agosto 2008 (2)



Legenda


Reunião - agosto 2008 (I)






Entrega de premiações
UBT Maranguape

CONCURSO INTERNO (post I ) - Abril 2008 - Tema: VITÓRIA

RESULTADO

1º Lugar
Não escrevas tua história
com sangue do opositor,
os louros desta vitória
sem sangue tem mais sabor.

Hortêncio Sales Pessoa

2º Lugar
Nesta vida de incertezas
de vitórias e derrotas,
eu sempre apago as tristezas
que surgem em minhas rotas

Argentina Austregésilo de Andrade

3º Lugar
Quem vive apenas pensando
em uma grande vitória
passa a existência sonhando
sem construir sua história.

Ana Maria do Nascimento

4º Lugar
Quem trabalha com ardor
por si só faz sua história
tendo em vista que o amor
abre as portas à vitória.

João Osvaldo Soares (Vaval)

5º Lugar
Nesta vida alucinante
de derrotas e vitórias,
vivemos a cada instante
pedaços dessas histórias.

Rejane Costa Barros

CONCURSO INTERNO (post II ) - Abril 2008 - Tema: VITÓRIA

RESULTADO

6º Lugar
Lutando por causa justa
sem prejudicar ninguém
a vitória as vezes custa
mas com certeza ela vem!

Vital Arruda de Figueiredo

7º Lugar
Quero sim! Quero vitórias
mas, sem muita fantasia,
busco-as nas lutas inglórias
que temos no dia-a-dia.

Zenaide Braga Marçal

8º Lugar
De forma vil, ilusória,
o falaz aos ventos, berra,
cantando sua vitória
sem ter terminado a guerra!

Francisco José Pessoa de A. Reis

9º Lugar
Minha mais linda vitória
das batalhas que venci
foi a que fez nossa história
depois que te conheci.

José Deusdedit Rocha

10º Lugar
Vitória, se conquistada
por um intenso labor
não há mesmo, mesmo nada
de mais gostoso sabor.

Ilnah Soares

CONCURSO INTERNO (post III ) - Abril 2008 - Tema: VITÓRIA

MENÇÕES HONROSAS
Ordem alfabética)

Minha vitória querida,
seu carinho sedutor,
me seduz por toda vida
quero sempre ter amor.


Aluísio Matias de Paula

Alcancei grande vitória
na União dos Trovadores
contando em versos, história
de corações sofredores.


Maria Augusta Ramos Ferreira

Vitória é um cadinho
nesse lutar para vencer
pois sucesso no caminho
é o que almejamos ter.


Maria Florinda dos Santos Moreira


PARTICIPAÇÃO ESPECIAL
Ordem alfabética)

O estádio se enche de graça;
reboam hinos de glória!
Pudera, é Maurren que passa
voando para a vitória.


José Pereira de Albuquerque

JULGADORES

Giselda Medeiros
Fernando Câncio Araújo
abril 2008

CONCURSO INTERNO (post I ) - Março 2008 - Tema: ESPLENDO(RES)

RESULTADO

1º Lugar
Esplendor tens, de tal monta,
quando passeias na praça,
que a lua se esconde, tonta,
atrás da nuvem que passa.


Francisco José Pessoa de Andrade Reis

2º Lugar
O teu sorriso inocente
reflete todo esplendor
nas águas desta nascente
do nosso rio de amor.


Hortêncio Sales Pessoa


3º Lugar
No esplendor dos verdes anos
minha alma feliz sorria;
hoje, imersa em desenganos,
tem vislumbres de alegria.


Zenaide Braga Marçal


4º Lugar
Os teus olhos cristalinos
nesta noite d’esplendor,
são dois valiosos mimos
que me dás com muito amor!


Francisco Airton Ferro Marinho

5º Lugar
Teu ofuscante sorriso
de mágico esplendor
lâmina é raio preciso
fende meu peito sem dor!


Haroldo de Paula

CONCURSO INTERNO (post II ) - Março 2008 - Tema: ESPLENDO(RES)

RESULTADO

6º Lugar
O esplendor de uma amizade
merece grande atenção
pois toda afetividade
nos faz bem ao coração.

Ana Maria do Nascimento

7º Lugar
Têm esplendor as estrelas
por sua curvas cadentes;
também as mulheres pelas
suas curvas envolventes.

José Deusdedit Rocha

8º Lugar
O esplendor do teu olhar
meigo, com muita brandura,
lembra a grandeza do mar
ao mostrar tanta candura!...

Maria Argentina A. de Andrade

9º Lugar
Muito obrigado meu Deus
e Jesus Nosso Senhor
por trazer aos lábios meus
um sorriso de esplendor.

Maria Augusta Ramos Ferreira

10º Lugar
O seu sorriso faceiro
numa noite de esplendor,
tomem meu ser por inteiro
na explosão de um grande amor.

Rejane Costa Barros

CONCURSO INTERNO (post III ) - Março 2008 - Tema: ESPLENDO(RES)

MENÇÕES HONROSAS
(Ordem alfabética)

Novamente o sol nasceu
com todo seu esplendor
natureza floresceu
resplandecente de cor!

Francisco Aiace Mota Filho

Teu ofuscante sorriso
de mágico esplendor
lâmina é raio preciso
fende meu peito sem dor!


Haroldo de Paula

Rosas falam-me de amor
que me desperta paixão:
Dentre as de raro esplendor
não relego a sedução!


João de Deus Pereira da Silva

No esplendor de um novo dia
com eflúvios multicores,
pra você muita harmonia
E um jardim pleno de flores.


João Osvaldo Soares (Vaval)


PARTICIPAÇÃO ESPECIAL
(Ordem alfabética)


O esplendor desta cidade,
com o seu mundo de atrações,
não mata em mim a saudade
da beleza dos sertões.


Fernando Câncio Araujo

Pantanal – quadro celeste,
paraíso das boiadas,
onde o céu azul se veste
do esplendor das alvoradas!


José Pereira de Albuquerque

JULGADORES
Giselda Medeiros
Fernando Cãncio Araújo

março 2008

CONCURSO INTERNO (post III ) - Junho 2008 - Tema: INVERNO

MENÇÃO HONROSA

O nosso amado sertão,
tão sofrido e castigado,
sofre agora a maldição
de um inverno exagerado.


Ana Maria do Nascimento

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL
(Ordem alfabética)

Quando o inverno a terra veste,
uma flor ao sol reluz:
é o mandacaru do agreste
que abre seus braços em cruz !


Fernando Câncio Araújo

Como era doce e fraterno
meu lindo mundo de criança;
Dele o que resta é o inverno
da minha desesperança!


José Pereira de Albuquerque


Giselda Medeiros

Fernando Câncio Araújo

JULGADORES
Giselda Medeiros
Fernando Câncio Araújo

junho 2008

CONCURSO INTERNO (post II ) - Junho 2008 - Tema: INVERNO

RESULTADO

6º Lugar
No inverno da minha vida,
contrita, peço ao Senhor:
Sentir-me sempre aquecida
pela paz do teu amor.


Zenaide Braga Marçal

7º Lugar
Vejo as flores se espargindo
e o amor ficando mais terno
e a natureza sorrindo
com a chegada do inverno.

Vital Arruda de Figueiredo

8º Lugar
É fim de inverno e as flores,
que enfeitam nosso jardim,
exalam cheias de amores,
o teu perfume pra mim.

Jorge Pontes Lima

9º Lugar
Em noite fria de inverno
em meu peito adormeceste
jurando-me amor eterno
mas no outono me esqueceste.

Hortêncio Sales Pessoa

10º Lugar
No inverno de uma existência
onde a vida nos renova,
sinto de Deus a assistência
e a alegria se comprova.

Maria Argentina Andrade

CONCURSO INTERNO (post I) - Junho 2008 - Tema: INVERNO

RESULTADO

1º Lugar
O inverno se me avizinha
e, no espelho, a contragosto,
vejo que o tempo caminha
deixando o rastro em meu rosto.


Francisco José Pessoa

2º Lugar
Não quero apenas abraços
meu amor é mais fraterno.
Vou me aquecer nos teus braços,
nas noites frias de inverno.

Maria Augusta Ramos Ferreira

3º Lugar
Se a chuva cai no sertão
deste solo nordestino,
o inverno se faz canção
e tudo mais é divino...

João Udine Vasconcelos

4º Lugar
O inverno é o pranto de Deus,
faz a alegria renascer,
o agricultor olha os seus,
louvando o que vai colher!

Rejane Costa Barros

5º Lugar
Dentre as previsões que der-nos
a Funceme ou coisa igual,
sou muito mais os invernos
das minhas pedras de sal.

José Deusdedit Rocha


O Descanso do Guerreiro

Trovador Fernando Câncio




















quarta-feira, 6 de agosto de 2008

CONCURSO INTERNO - ÍNDICE

Fevereiro - 2008

Março - 2008

Abril - 2008

Maio - 2008

Junho - 2008

Julho - 2008

Jogos Florais

em construção

ABÍLIO MARTINS

ABÍLIO MARTINS nasceu em Ipu. Formou-se em direito no Rio de Janeiro. No Governo de Justiniano de Serpa, Abílio Martins exerceu o cargo de Chefe da Polícia. Morreu fulminado por síncope cardíaca.

Antonio Sales fala assim de Abílio Martins: "Alto, corpulento, com uma enorme calva tomando-lhe todo o alto da grande cabeça, não o posso recordar sem o o sorriso que lhe era constante e parecia ser a exteriorização de seu espírito risonho, afetivo e bondoso.

Em Ipu, sua terra natal, onde constituiu família, sua popularidade era grande."


1
Mesma essência de meu ser,
Onde meu sangue fervilha,
Gosto imenso de me ver
Nos olhos de minha filha.

2
Graça de filho é bonita,
Diz todo o pai como eu:
Acho uma graça infinita
Nas graças tolas do meu.

3
Talvez que tenham contado,
Com simulado escarcéu,
Que dar-se um beijo é pecado,
Que fecha as portas do céu.

4
Mas que impostura! Desejo
Que te convenças, meu bem,
Mesmo às ocultas, um beijo
Nunca faz mal a ninguém.

5
Tantos encantos encerra
O beijo, é coisa tão boa,
Quem não dá beijo na terra,
Deus lá no céu não perdoa.

ABIGAIL SAMPAIO

em construção

ABIGAIL SAMPAIO nasceu em Paracuru, sendo filha de Josué de Assis Sampaio e Luisa Sampaio.

Cursou escola Normal de Fortaleza, onde se diplomou e exerceu o magistério primário numa escola em S. Lourenço, Município de S. Gonçalo do Amarante, até que chegou o tempo de aposentar-se.

Lá, num sítio de sua propriedade e de sua família, Abigail, que é inupta, vive há muitos anos segregada do mundo social e literário. Antes, colaborou em jornais e revistas do país, do Uruguai e da Argentina.

Em 1928 publicou, de parceria com sua irmã Maria Sampaio, seu livro de estréia "Átomos e Centelhas", poesia. Veio em seguida "Luar da Pátria", edições da Tipografia Santos, Fortaleza.

1

Lenços brancos acenando

no instante da despedida

adeus nos dizem, roubando

metade da nossa vida.


2
Era um amor tão profundo

Que no dia em que partiste,

Eu chorei, chorou o mundo,

Até o céu ficou triste.

3
Deveras inconveniente

É ser a gente mulher.

Não dizer-se o que se sente,

Fingir que não quando quer.

4
Porque te quero, não sei,

Graúna minha querida,

Se és a negra mais sem lei,

que já encontrei na vida.

5
Quando tu falas comigo,

A tua fala me encanta,

Creio que tens, meu amigo,

Um rouxinol na garganta.



Referências sobre ABIGAIL SAMPAIO

Banho em defunto - Revista Jangada

http://www.jangadabrasil.com.br/novembro51/pa51110a.htm




domingo, 3 de agosto de 2008

...............Sogra

Minha sogra não reclama

pelo trato que lhe dou.

Até de filho me chama

só não diz que filho eu sou!


Elton Carvalho

sábado, 2 de agosto de 2008

UBT CEARÁ DIRETORIA

EM FORMAÇÃO

TROVADORES CEARENSES

EM CONSTRUÇÃO

Abigail Sampaio

Abílio Martins

Adaucto Neto

Aires de Montalbo

Alberto S. Galeno

Alcides Ferreira Rêgo

Alfredo Nunes Weyne

Aloísio Alves da Costa

Aloísio Bezerra

Álvaro Dias Martins

Amora Maciel

Andrade Furtado

Anna Frota Mendes

Antenor G. de Barros Leal

Antonio de Castro

Antônio G. da Silva

Antônio Carneiro Portela

Antônio Justa

Antônio de Oliveira Ramos

Antônio Sales

Aracy Martins

Astrogilda Moura

Augusta Campos

Augusto Linhares

Aurélio Ramos

Arimatea Filho

Artur Eduardo Benevides

Barros Alves de Mombaça

Batista Soares

Bonfim Sobrinho

Carlos Teixeira Mendes

Carlos de Sousa

Carlyle Martins

Carmelita Setubal

Carvalho Nogueira

Cego Aderaldo

Cesar Coelho

Cid Carvalho

Ciro Colares

Cláudio Martins

FOTOGRAFIAS

REUNIÃO MENSAL

Agosto 2008


DIVERSOS

Fernando Câncio

História da UBT - UNIÃO BRASILEIRA DE TROVADORES

Dr. Miguel Perrone CioneCPERP - Casa do Poeta e do Escritor de Ribeirão Preto

A trova tem a sua história ligada a UBT - UNIÃO BRASILEIRA DE TROVADORES, entidade que congrega a quase totalidade dos trovadores ativistas. Foi fundada em 21 de agosto de 1966 no Rio de Janeiro, e instalada oficialmente em primeiro de março de 1967, em todo território nacional, tendo sede histórica e foro na cidade do Rio de Janeiro.

No entanto, o trabalho de divulgação dos trovadores brasileiros já vinha sendo realizado mesmo antes dessa época. O marco inicial do movimento poderá ser situado na publicação do livro Descantes editado por cinco estudantes do Recife, dentre os quais Ademar Tavares. Mas, só a partir de 1951, quando Luiz Otávio iniciou uma pesquisa entre os trovadores brasileiros, foi a trova ganhando terreno em jornais, livros e revistas.

Em 1956, Luiz Otávio, baseado em uma pesquisa publicou o livro Meus Irmãos os Trovadores, que obteve grande sucesso.

Hoje a UBT, através das suas seções e delegacias expandiu-se por todo território nacional.

Dados Importantes

- A UBT possui um emblema que tem por base uma rosa vermelha – símbolo do lirismo, e, quatro linhas douradas, que representam os quatro versos da trova.

- O patrono da UBT é o Santo Trovador, São Francisco de Assis, cuja oração é declamada durante os festejos.

- A UBT cultua a figura de três expoentes da trova:

Ademar Tavares – Rei dos Trovadores
Luiz Otávio – Príncipe dos Trovadores
Lilinha Fernandes – Rainha dos Trovadores


- A UBT foi considerada de Utilidade Pública através da Lei 1.783 de 3 de dezembro de 1968 (Estado da Guanabara)

- A UBT possui o seu hino – O Hino dos Trovadores, com letra e música de Luiz Otávio.
Miguel Perrone Cione, é membro da Academia Ribeirãopretana de Letras, membro fundador da Casa do Poeta e do Escritor e seu Presidente Honorário.

Trovas do Grupo Trovadoresco da Casa do Poeta e, de seus membros correspondentes:

Quando chega o meu cansaço
das lutas do dia-a-dia,
Se não ganho o teu abraço
Faço trovaterapia!...
Oefe Souza

No galho que se balança
eu vejo um pouco de mim,
na flor a minha esperança,
no espinho, mágoas sem fim.

Alméria Paiva Cione

Quando os talentos florescem,
para o amor... e para o bem...
são bênçãos dos céus que descem,
são graças de Deus que vêm.

Lourdes Aparecida Cione

Uma lágrima furtiva
Meus olhos sempre terá
Pela ausência sempre viva
De quem jamais voltará

Antônio Zanetti

Casamento é mesmo o fim
Diz ela no seu enfado
Quem suspirava por mim
Agora ronca ao meu lado

Tadeu Hagen

Amor sentimento nobre
Tem um efeito fecundo
Desperta o rico e o pobre
Para o melhor deste mundo

Sólon Borges dos Reis

A saudade é uma goteira
Que quando vem não se acalma
Pinga quase a noite inteira
Na solidão da minha alma

Miguel Cione

Maritaca tagarela
Quer ave mais Brasileira?
Fez até a roupa dela
Com as cores da bandeira

Miguel Cione

Nesta vida hostil, azeda
E desespero sem par
Rogo a Deus que nos conceda
A Coragem de sonhar

Miguel Russowsky

Pra ver o mundo de cima
Da memória não me sai,
Torre alguma se aproxima
Do cangote do meu pai

Premiada de Moacir Sacramento

Paralelos os caminhos
Da minha vida e da tua
Lado a lado mais sozinhos
Como dois lados da rua

Branca M de Oliveira

Deste amor que guardo atento
Dentro do peito secreto
É minha luz meu sustento
Meu agasalho meu teto

Elza Mora

CONCURSO INTERNO (post I) - Julho 2008 - Tema: Redoma

1º lugar
Para não ver meu amor
Vagar no mundo tristonho,
Resguardei-o com primor
Numa redoma de sonho :: Ana Maria do Nascimento

2º lugar
Em redoma colorida
a paz do mundo adormece
tão frágil desprotegida
que a humanidade lhe esquece. :: Hortêncio Sales Pessoa

3º lugar
Por sofrer tantos açoites
nos meus momentos tristonhos,
pus redoma em minhas noites
para prender-te em meus sonhos :: Francisco José Pessoa de Andrade Reis

4º lugar
Na redoma do meu sonho
tua imagem apareceu,
teu olhar era risonho
com a paz que Deus te deu. :: Argentina Austregésilo de Andrade

5º lugar
Na mente vou burilando
a redoma do meu peito
e o nosso amor transformando
num relicário perfeito :: Waldir Rodrigues

6º lugar
Lá fora o vento açoitando
A redoma do meu peito
A trova vou burilando
Num pensamento perfeito :: Vital Arruda de Figueiredo

7º lugar
Nem o sol com seu calor...
Nem os versos que componho,
tem grandeza ao nosso amor,
na redoma do meu sonho. :: Jorge Pontes Lima



JULGADORES:

Giselda Medeiros
Fernando Câncio Araújo

CONCURSO INTERNO (post II) - Julho 2008 - Tema: Redoma

8º lugar
É triste o mundo em que estamos
pois à vida morte soma
enquanto nos isolamos
em ilusória redoma. :: Cleilson Morais

9º lugar
Por estar preso ao teu charme
te perdôo em teus fracassos;
é que a mim basta abrigar-me
na redoma dos teus braços. :: José Deusdedit Rocha

10º lugar
Dentro da linda redoma
toda bordada em cristal,
jaz a flor e o seu aroma
do meu verso original. :: J. Udine Vasconcelos

- - - - - - - - - - -
MENÇÕES HONROSAS

Os retratos dos meus pais,
tão em redomas antigas,
São como relíquias, tais
lembram pessoas amigas. :: Aracy da Silveira cavalcante

Quis fazer-te uma redoma
para bem te proteger;
És minha eterna Madoma
ó razão do meu viver! :: Francisco Airton Ferro Marinho

Redomas eu vou fazer
do gelo, amor e cristal
só para nos proteger
do aquecimento global. :: Maria Augusta Ramos Ferreira

JULGADORES:

Giselda Medeiros
Fernando Câncio Araújo