sábado, 13 de março de 2010

Noite de tédio... comprida... MÁRIO PEIXOTO

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Noite de tédio... comprida...

tão sem graça e tão vazia,

que eu bebo qualquer bebida

e aceito qualquer maria...

MÁRIO PEIXOTO

Fonte: O Pau D'Arco - ano XXVII - nº 150 - Março - Abril - 2010 - Diretor: Fernando Câncio.


  • E fulano, como esta? Ê..ê quem te viu quem te vê... ele está vomitando o tédio do sucesso... AS

  • "O segredo para não ter tédio, pelo menos para mim, é ter ideias"
Delacroix, Eugène

  • "O remédio para o tédio é a curiosidade...e não existe remédio para a curiosidade!" Li por Aí (visite)

  • "O homem é um pêndulo que oscila entre o tédio e desespero"
Schopenhauer

DESEJO- TÉDIO - notas de leitura do "AS"

Nietzsche biografia de uma tragédia - Rüdiger Safransky, P. 16 / O ser humano, explica Nietzsche, é uma criatura que saltou sobre os limites animalescos da época do cio e por isso não procura prazer apenas eventualmente, mas o tempo todo. Porém, como há menos fontes de prazer do que pede sua constante predisposição ao prazer, a natureza o forçou a enveredar na trilha da invenção-do-prazer: o animal consciente homem, com horizonte de passado e futuro, raramente se satisfaz de todo com o seu presente, e por isso sente algo que certamente nenhum animal conhece, isto é, o tédio. Fugindo do tédio, essa singular criatura procura uma excitação que, se não for encontrada, tem de ser inventada. O homem se torna animal que brinca. O jogo é uma invenção que entretém os afetos. O jogo é a arte de auto-excitação dos afetos, a música por exemplo. A fórmula antropológica-fisiológica para o segredo da arte é pois: A FUGA DO TÉDIO É A MÃE DAS ARTES(8,432) (...) Nessa perspectiva a arte é um tensionar o arco para não criar uma distensão niilista. A arte ajuda a viver porque senão a vida não sabe o que fazer quando assaltada por sentimentos de ausência de sentido.

Fonte: Biografia de uma tragédia, Nietzsche, p. 16


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Um comentário:

. disse...
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